Ouvimos muito falar em preconceito contra mulher, raça, opção sexual, mas ele também está presente na vida de pessoas que sofrem com doenças de pele como psoríase, dermatite atópica, genodermatoses, dermatite seborreica, entre outras.
Muitas delas têm origem de fundo psicológico e podem se agravar ainda mais quando a discriminação acontece. Segundo Alexandre Okubo, membro da Doctoralia e diretor clínico da Prime Dermatologia, entre algumas das doenças de pele que têm estigma negativo para o doente estão a psoríase, vitiligo e a alopecia areata.
Para se ter uma ideia do tamanho do preconceito, nos casos de psoríase, por exemplo, a pesquisa Clear mostrou que, entre os entrevistados com a doença – 8.338 pacientes de 31 países, com o apoio da Psoríase Brasil e de outras 24 associações de pacientes ao redor do mundo – 96% no Brasil e 84% nos demais países já foram humilhados ou sofreram discriminação.
Conhecimento é fundamental
Pelo desconhecimento, muitas pessoas acabam tendo preconceito, achando que essas doenças de pele são contagiosas. Okubo explica que nos casos de psoríase, vitiligo e alopecia areata existe um fator genético importante para seu desenvolvimento. Outro ponto em comum é que a parte emocional (estresse psicológico) contribui para seu surgimento ou piora.
“Como as três doenças de pele afetam o visual da pessoa (parte estética), a autoestima do paciente pode ficar comprometida e iniciar um ciclo vicioso: autoestima abalada, fator emocional que piora o quadro da pele e, por consequência, a autoestima piora ainda mais”, explica o dermatologista.
Ajude na divulgação e combata o preconceito
Para Alexandre Okubo, a melhor maneira de desmistificar o preconceito é difundir a informação sobre essas doenças de pele tanto nas escolas quanto em todos os meios de comunicação existentes, mostrando como elas surgem, como se desenvolvem, possíveis tratamentos e, principalmente, que não são contagiosas.
“A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) costuma fazer campanhas regulares e também existem vários grupos de apoio aos pacientes com doenças de pele. O ponto-chave é a informação e conhecimento sobre as patologias”, finaliza o dermatologista.
E você? O que fará a partir de agora para auxilar no combate ao preconceito com relação a essas doenças? Informe-se e ajude a divulgar.