Em 2018, o Brasil tinha 19,2 milhões de pessoas que se declararam negras – 4,7 milhões a mais que em 2012, o que corresponde a uma alta de 32,2% no período. É o que revelou um levantamento divulgado nesta quarta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Apesar disso, inserir a diversidade dentro das campanhas publicitárias ainda parece ser um desafio para muitas marcas. Alias, não só para as marcas. A campanha Pró-Brasil, divulgada pelo governo federal trouxe em sua comunicação apenas crianças brancas na foto de capa do material em que o governo apresenta ações estratégicas de recuperação econômica após os impactos causados pela pandemia do novo coronavírus.
Dentro das agências de publicidade, o tema ainda parece ser tabu e a falta de representatividade está em todo lugar, inclusive nos bancos de imagens. Por isso foi criado o Nappy, um site com fotos em alta resolução de pessoas negras e 100% gratuito.
O Nappy foi idealizado pela SHADE, uma agência de criadores negros do Brooklyn, em Nova York. As imagens mostram pessoas negras em situações cotidianas exatamente como as milhões de fotos que existem na internet ou em outros sites de imagens, só que com pessoas brancas.
Pode parecer simples encontrar fotos de pessoas digitando em um laptop, tomando café sentada em um Starbucks, namorando em um banco de praça, amamentando seu filho no sofá da sala, mas quando se tratam de pessoas negras, é praticamente impossível.
No descritivo do site, os criadores explicam isso:
“[…] se você digitar a palavra “café” no Unsplash (outro site de imagens grátis), raramente verá uma xícara de café sendo segurada por mãos pretas. É o mesmo resultado se você digitar termos como “computador” ou “viajar”. Você pode encontrar uma ou duas imagens, mas elas são muito raras. Mas os negros também bebem café, usamos computadores e certamente amamos viajar.”
Você que está lendo essa matéria, se sente representado pelas atuais campanhas publicitárias?
Deixe seu comentário e vamos conversar!
Até a próxima 😉
Não, eu não me sinto representado, mas sinto que eles podem ter sentido isso.
Uso demais banco de imagens e confesso que raramente achei imagens de pessoas pretas. E o que eu posso te afirmar é: vou aplicar em meus projetos.
Obrigado por me abrir essa visão.
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