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Como combater o abuso sexual no Brasil

Como combater o abuso sexual no Brasil

Infelizmente os números sobre o abuso sexual no Brasil são absurdos. Atualmente, estima-se que 3 em cada 4 mulheres e 1 em cada 25 homens já sofreram abuso sexual.

Nos registros de atendimento às vítimas de violência sexual, 51% tem de 0 a 5 anos e 78% dos abusos contra menores acontecem dentro de casa, sendo que os principais abusadores pertencem ao círculo próximo da vítima.

Em 2016, o país atingiu o índice epidêmico de casos de abuso sexual ao registrar 400.000 casos em apenas 1 ano.

Como combater o Abuso Sexual no Brasil: Como Contar

Porém, os dados sobre abuso sexual no Brasil ainda não muito pulverizados, conforme afirma Cybele Ozorio, fundadora da Como Contar, ONG que tem como uma de suas missões justamente trabalhar esses dados para que virem informações úteis. 

A Como Contar nasceu da história da Cybele, sua fundadora. Após sofrer abusos consecutivos (dos 8 aos 9 anos) por um primo mais velho, decidiu contar para sua família.

Nesse processo de contar, Cybele compartilhou sua história em um grupo fechado na internet e recebeu 348 mensagens de pessoas que não tinham conseguido falar sobre os abusos sofridos.

Como combater o abuso sexual no Brasil

“Foi nesse momento que decidi o quanto eu precisava fazer mais a respeito. Comecei a pesquisar os dados e entrar em contato com mais histórias e assim foi nascendo a Como Contar, quando decidi usar tudo o que eu sabia fazer profissionalmente e a minha história para ajudar pessoas que passaram pelo mesmo que eu e para criar consciência social sobre o assunto”, adiciona Cybele.

Abuso sexual: como funciona a atuação da Como Contar

Cybele conta que a ONG trabalha atualmente com três frentes:

ACOLHIMENTO 

Ajudando as vítimas a contarem suas histórias como desejarem, para seus familiares ou pessoas de confiança, eventualmente com acompanhamento presencial.

SUPORTE 

Provemos suporte psicológico e jurídico para que as vítimas e suas famílias tenham apoio no processo de enfrentamento do trauma, denúncia e demais encaminhamentos necessários.

INFORMAÇÃO

Formulamos cursos, palestras, rodas de conversas e relatórios para conscientização sobre o tema do abuso sexual, seus números e formas de enfrentamento.

“É importante ressaltar o quanto o combate ao abuso sexual precisa ser uma luta de todxs, sem exceção. Se a cada 11 minutos uma pessoa é abusada/assediada sexualmente e esses casos sequer são denunciados, é porque de alguma maneira, como sociedade estamos validando esse comportamento.

Precisamos criar ações e estratégias claras para o enfrentamento do abuso sexual e que envolvam todas as áreas da sociedade. Só assim é possível desconstruir conceitos ligados à cultura do estupro tão fundamentados em nossas raízes”, alerta Cybele.

Como combater o abuso sexual no Brasil

Todxs contra o abuso sexual

Atualmente, a Como Contar está com a campanha PORQUE EU NÃO CONTEI cujo objetivo é alertar sobre os motivos pelos quais as pessoas se calam e nós, como sociedade, contribuímos para esse silêncio. 

Além disso, a campanha tem o intuito de mapear de maneira qualitativa porque as vítimas de abuso levam tanto tempo para contar suas histórias, quais gatilhos e influências a fim de criar um reporte mais profundo e, também, pautar ações que possam apoiar essas pessoas no processo de enfrentamento do trauma. 

Para participar, basta preencher o formulário: https://comocontar.typeform.com/to/Db1HDS

Não se culpe e não se cale!

Cybele finaliza orientando às vítimas de abuso sexual para que não se julguem e que não se sintam culpadas. Não importa a vestimenta que você estava, se não conseguiu reagir, se estava alcoolizada, pois jamais a culpa é da vítima. 

Segundo a fundadora da Como Contar, cada pessoa tem um processo diferente, mas uma coisa que é comum entre vítimas de abuso é a necessidade de rede de apoio confiável.

Assim, recomenda que a primeira ação é buscar alguém com quem possa conversar, que respeite seu tempo e que não vá te julgar por ter demorado pra contar ou questionar seu comportamento.

O segundo passo é justamente falar, contar sua história e buscar os meios de denúncias (não somente a COMO CONTAR como outras organizações que ajudam neste processo).

“Por mais que tenhamos uma sociedade que quase “premia” o silêncio da vítima, é imprescindível que as denúncias sejam feitas para que a própria vítima se liberte do trauma, além de termos mais subsídio para criar ações de enfrentamento”. 

Acesse os canais da Como Contar e ajude a divulgar esse trabalho tão importante!

Site: https://www.comocontar.org/

Facebook: https://www.facebook.com/comocontarbr/

Instagram: https://www.instagram.com/comocontar/

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