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Hepatites virais: a prevenção é sempre a melhor opção

Durante o mês de julho, você acompanhou aqui no d/propósito algumas matérias sobre a campanha Julho Amarelo que visa conscientizar todos sobre as hepatites virais.

Porém, você sabia que o dia 28 de julho foi denominado o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais? A data foi instituída pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para reforçar ainda mais a importância de levar informações sobre todos os tipos de hepatites virais. 

E para fechar nossa série de matérias sobre o Julho Amarelo, vamos reforçar nesse post a importância da prevenção das hepatites virais. Inclusive, na última segunda-feira (22), o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, divulgou em Campo Grande (MS) o novo Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais como parte da estratégia de prevenção das atividades do Julho Amarelo.

Segundo o ministro: “Queremos aumentar o número de testagem e já estamos ampliando a expectativa de tratamento para 50 mil por ano. Até 2030, com vacina e tratamento, pretendemos ter números praticamente zero de hepatite no Brasil. Desses casos que foram tratados, vamos evitar cânceres de fígado, insuficiências hepáticas, transplantes e outras complicações. Agora, precisamos aumentar a testagem”. Os dados são da Agência Saúde.

Números das hepatites virais no Brasil

Hepatites virais

Segundo o novo Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais 2019, nos últimos 10 anos, houve uma queda de 7% no número de casos notificados das hepatites virais no Brasil. Em 2018, foram registrados 42.383 casos de hepatites virais no país, já em 2008, o número foi de 45.410 casos. 

O Boletim também mostra uma diminuição de 9% em relação aos óbitos, saindo de 2.362 em 2007 para 2.156 em 2017. Entre as hepatites, o tipo C é o mais prevalente e também o mais letal, com 26.167 casos notificados em 2018. De acordo com a OMS, as hepatites virais causam, anualmente, 1,7 milhão de mortes no mundo. 

Previna-se

Apesar da queda tanto no número de casos quanto de óbitos, a prevenção é sempre a melhor opção. Vale lembrar que, em alguns casos, as hepatites virais são doenças silenciosas, nem sempre apresentando sintomas.

Os tipos A e B podem ser prevenidos com vacinação, lembrando que a vacina para a hepatite B também protege contra a hepatite D. Já para os demais tipos de hepatites virais não existe vacina. Por isso, é muito importante ir ao médico com frequência.

De acordo com o Ministério da saúde, a vacina para hepatite A está disponível no SUS, sendo oferecida no Calendário Nacional de Vacinação para crianças de 15 meses a 5 anos incompletos (4 anos, 11 meses e 29 dias) e, também, no CRIE, para pessoas de qualquer idade que tenham: hepatopatias crônicas de qualquer etiologia incluindo os tipos B e C; coagulopatias; pessoas vivendo com HIV; portadores de quaisquer doenças imunossupressoras; doenças de depósito; fibrose cística; trissomias; candidatos a transplante de órgãos; doadores de órgãos, cadastrados em programas de transplantes; pessoas com hemoglobinopatias.

Já para hepatite B, a vacina é dada em quatro doses: ao nascer, 2, 4 e 6 meses. Para os adultos que não se vacinaram na infância, são três doses a depender da situação vacina. É importante que todos que ainda não se vacinaram tomem as três doses. Pessoas que tenham algum tipo de imunodepressão ou que tenham o vírus HIV, precisam de um esquema especial com dose em dobro, dada nos Centros de Imunobiológicos Especiais (CRIE). 

Hepatites virais

A Organização Pan-americana da Saúde (OPAS Brasil) informa outras formas que também são capazes de evitar a transmissão das hepatites virais:

  • Não compartilhar materiais ao fazer as unhas dos pés e das mãos;
  • Usar camisinha em todas as relações sexuais;
  • Sempre exigir materiais esterilizados ou descartáveis em estúdios de tatuagem e de piercings; 
  • Não utilizar lâminas de barbear ou depilar de outras pessoas;
  • Não compartilhar agulhas, seringas e equipamentos para drogas inaladas.

Além disso, segundo a OPAS Brasil, apesar de qualquer pessoa estar vulnerável a contrair as hepatites virais, alguns grupos possuem uma exposição maior e risco aumentado com relação à população em geral. Fique ligado e previna-se!

  • Pessoas com infecções sexualmente transmissíveis (IST); 
  • Militares, Policiais e Profissionais do sistema carcerário;
  • Coletores de lixo hospitalar e domiciliar; 
  • Comunicantes sexuais de portadores de hepatite B e C; 
  • Doadores de sangue; 
  • Lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais; 
  • Pessoas institucionalizadas;
  • Manicures, pedicures e podólogos; 
  • Populações de assentamentos e acampamentos; 
  • Populações indígenas; 
  • Receptores de transfusão de sangue (principalmente prévias à 1992);
  • Profissionais do sexo; 
  • Usuários de drogas ilícitas;
  • Caminhoneiros.

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